1Depois dessas coisas olhei, e diante
de mim estava uma porta aberta no céu. A voz que eu tinha ouvido no princípio,
falando comigo como trombeta, disse: "Suba para cá, e lhe mostrarei o que
deve acontecer depois dessas coisas". 2Imediatamente me vi tomado pelo
Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado
alguém. 3Aquele que estava assentado era de aspecto semelhante a jaspe e
sardônio. Um arco-íris, parecendo uma esmeralda, circundava o trono, 4ao redor
do qual estavam outros vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e
quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de
ouro. 5Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante dele estavam acesas
sete lâmpadas de fogo, que são os sete espíritos de Deus. 6E diante do trono
havia algo parecido com um mar de vidro, claro como cristal. No centro, ao
redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente
como atrás. 7O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi, o
terceiro tinha rosto como de homem, o quarto parecia uma águia em vôo.
8Cada um deles tinha seis asas e era
cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem
cessar: "Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era,
que é e que há de vir". 9Toda vez que os seres viventes dão glória, honra
e graças àquele que está assentado no trono e que vive para todo o sempre, 10os
vinte e quatro anciãos se prostram diante daquele que está assentado no trono e
adoram aquele que vive para todo o sempre. Eles lançam as suas coroas diante do
trono, e dizem: 11"Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de recebera glória, a
honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem
e foram criadas".
O
Cordeiro Abre o Livro
1Então vi na mão direita daquele que
está assentado no trono um livro em forma de rolo, escrito de ambos os lados e
selado com sete selos. 2Vi um anjo poderoso, proclamando em alta voz:
"Quem é digno de romper os selos e de abrir o livro?" 3Mas não havia
ninguém, nem no céu nem na terra nem debaixo da terra, que pudesse abrir o
livro, ou sequer olhar para ele. 4Eu chorava muito, porque não se encontrou
ninguém que fosse digno de abrir o livro e de olhar para ele. 5Então um dos
anciãos me disse: "Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de
Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos". 6Depois vi um
Cordeiro, que parecia ter estado morto, em pé, no centro do trono, cercado
pelos quatro seres viventes e pelos anciãos. Ele tinha sete chifres e sete
olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra. 7Ele se
aproximou e recebeu o livro da mão direita daquele que estava assentado no
trono. 8Ao recebê-lo, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se
diante do Cordeiro. Cada um deles tinha uma harpa e taças de ouro cheias de
incenso, que são as orações dos santos; 9e
eles cantavam um cântico novo: Tu és digno de receber o livro e de abrir os
seus selos, pois foste morto, e com teu sangue compraste para Deus gente de
toda tribo, língua, povo e nação. 10Tu os constituíste reino e sacerdotes para
o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra. 11Então olhei e ouvi a voz de
muitos anjos, milhares de milhares e milhões de milhões. Eles rodeavam o trono,
bem como os seres viventes e os anciãos, 12e cantavam em alta voz: "Digno
é o Cordeiro que foi morto de receber poder, riqueza, sabedoria, força, honra,
glória e louvor!" 13Depois ouvi todas as criaturas existentes no céu, na
terra, debaixo da terra e no mar, e tudo o que neles há, que diziam:
"Àquele que está assentado no trono e ao Cordeiro sejam o louvor, a honra,
a glória e o poder, para todo o sempre!" 14Os quatro seres viventes
disseram: "Amém", e os anciãos prostraram-se e o adoraram.
Os
Sete Selos
1Observei quando o Cordeiro abriu o
primeiro dos sete selos. Então ouvi um dos seres viventes dizer com voz de
trovão: "Venha!" 2Olhei, e
diante de mim estava um cavalo branco. Seu cavaleiro empunhava um arco, e
foi-lhe dada uma coroa; ele cavalgava como vencedor determinado a vencer. 3Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi
o segundo ser vivente dizer: "Venha!" 4Então saiu outro cavalo; e
este era vermelho. Seu cavaleiro recebeu poder para tirar a paz da terra e
fazer que os homens se matassem uns aos outros. E lhe foi dada uma grande
espada. 5Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente
dizer: "Venha!" Olhei, e diante de mim estava um cavalo preto. Seu
cavaleiro tinha na mão uma balança. 6Então ouvi o que parecia uma voz entre os
quatro seres viventes, dizendo: "Um quilo[10] de trigo por um denário[11],
e três quilos de cevada por um denário, e não danifique o azeite e o
vinho!" 7Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser
vivente dizer: "Venha!" 8Olhei, e diante de mim estava um cavalo
amarelo. Seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Hades[12] o seguia de perto.
Foi-lhes dado poder sobre um quarto da terra para matar pela espada, pela fome,
por pragas e por meio dos animais selvagens da terra. 9Quando ele abriu o
quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por
causa da palavra de Deus e do testemunho que deram. 10Eles clamavam em alta
voz: "Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, esperarás para julgar os
habitantes da terra e vingar o nosso sangue?" 11Então cada um deles
recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que
se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que deveriam ser mortos
como eles. 12Observei quando ele abriu o sexto selo. Houve um grande terremoto.
O sol ficou escuro como tecido de crina negra, toda a lua tornou-se vermelha
como sangue, 13e as estrelas do céu caíram sobre a terra como figos verdes caem
da figueira quando sacudidos por um vento forte. 14O céu se recolheu como se
enrola um pergaminho, e todas as montanhas e ilhas foram removidas de seus
lugares. 15Então os reis da terra, os príncipes, os generais, os ricos, os
poderosos ? todos, escravos e livres, esconderam-se em cavernas e entre as
rochas das montanhas. 16Eles gritavam às montanhas e às rochas: Caiam sobre nós
e escondam-nos da face daquele que está assentado no trono e da ira do
Cordeiro! 17Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar?
O
Povo de Deus Será Preservado
1Depois disso vi quatro anjos em pé
nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos, para impedir que qualquer
vento soprasse na terra, no mar ou em qualquer árvore. 2Então vi outro anjo
subindo do Oriente, tendo o selo do Deus vivo. Ele bradou em alta voz aos
quatro anjos a quem havia sido dado poder para danificar a terra e o
mar:3"Não danifiquem, nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até que
selemos as testas dos servos do nosso Deus". 4Então ouvi o número dos que
foram selados: cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos de Israel. 5Da
tribo de Judá foram selados doze mil, da tribo de Rúben, doze mil, da tribo de
Gade, doze mil, 6da tribo de Aser, doze mil, da tribo de Naftali, doze mil, da
tribo de Manassés, doze mil, 7da tribo de Simeão, doze mil, da tribo de Levi,
doze mil, da tribo de Issacar, doze mil, 8da tribo de Zebulom, doze mil, da
tribo de José, doze mil, da tribo de Benjamim, doze mil.
A
Grande Multidão
9Depois disso olhei, e diante de mim
estava uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações,
tribos, povos e línguas, em pé, diante do trono e do Cordeiro, com vestes
brancas e segurando palmas. 10E clamavam em alta voz: "A salvação pertence
ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro".
11Todos os anjos estavam em pé ao redor
do trono, dos anciãos e dos quatro seres viventes. Eles se prostraram com o rosto
em terra diante do trono e adoraram a Deus, 12dizendo: "Amém! Louvor e
glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força sejam ao nosso Deus
para todo o sempre. Amém!" 13Então um dos anciãos me perguntou: "Quem
são estes que estão vestidos de branco, e de onde vieram?" 14Respondi:
Senhor, tu o sabes. E ele disse: Estes são os que vieram da grande tribulação e
lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. 15Por isso, eles
estão diante do trono de Deus e o servem dia e noite em seu santuário; e aquele
que está assentado no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. 16Nunca
mais terão fome, nunca mais terão sede. Não os afligirá o sol, nem qualquer
calor abrasador, 17pois o Cordeiro que está no centro do trono será o seu
Pastor; ele os guiará às fontes de água viva. E Deus enxugará dos seus olhos
toda lágrima.
O
Cordeiro Abriu o Sétimo Selo
1Quando ele abriu o sétimo selo,
houve silêncio nos céus cerca de meia hora. 2Vi os sete anjos que se acham em
pé diante de Deus; a eles foram dadas sete trombetas. 3Outro anjo, que trazia
um incensário de ouro, aproximou-se e se colocou em pé junto ao altar. A ele
foi dado muito incenso para oferecer com as orações de todos os santos sobre o
altar de ouro diante do trono. 4E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça
do incenso com as orações dos santos. 5Então o anjo pegou o incensário,
encheu-o com fogo do altar e lançou-o sobre a terra; e houve trovões, vozes,
relâmpagos e um terremoto.
As
Sete Trombetas
6Então os sete anjos, que tinham as
sete trombetas, prepararam-se para tocá-las. 7O primeiro anjo tocou a sua
trombeta, e granizo e fogo misturado com sangue foram lançados sobre a terra.
Foi queimado um terço da terra, um terço das árvores e toda a relva verde. 8O
segundo anjo tocou a sua trombeta, e algo como um grande monte em chamas foi
lançado ao mar. Um terço do mar transformou-se em sangue, 9morreu um terço das
criaturas do mar e foi destruído um terço das embarcações. 10O terceiro anjo
tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, queimando como tocha,
sobre um terço dos rios e das fontes de águas; 11o nome da estrela é
Absinto[13]. Tornou-se amargo um terço das águas, e muitos morreram pela ação
das águas que se tornaram amargas. 12O quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi
ferido um terço do sol, um terço da lua e um terço das estrelas, de forma que
um terço deles escureceu. Um terço do dia ficou sem luz, e também um terço da
noite. 13Enquanto eu olhava, ouvi uma águia que voava pelo meio do céu e dizia
em alta voz: "Ai, ai, ai dos que habitam na terra, por causa do toque das
trombetas que está prestes a ser dado pelos três outros anjos!"
A
Quinta Trombeta Traz o Primeiro Terror
1O quinto anjo tocou a sua trombeta,
e vi uma estrela que havia caído do céu sobre a terra. À estrela foi dada a
chave do poço do Abismo. 2Quando ela abriu o Abismo, subiu dele fumaça como a
de uma gigantesca fornalha. O sol e o céu escureceram com a fumaça que saía do
Abismo. 3Da fumaça saíram gafanhotos que vieram sobre a terra, e lhes foi dado
poder como o dos escorpiões da terra.
4Eles receberam ordens para não
causar dano nem à relva da terra, nem a qualquer planta ou árvore, mas apenas
àqueles que não tinham o selo de Deus na testa. 5Não lhes foi dado poder para
matá-los, mas sim para causar-lhes tormento durante cinco meses. A agonia que
eles sofreram era como a da picada do escorpião. 6Naqueles dias os homens
procurarão a morte, mas não a encontrarão; desejarão morrer, mas a morte fugirá
deles. 7Os gafanhotos pareciam cavalos preparados para a batalha. Tinham sobre
a cabeça algo como coroas de ouro, e o rosto deles parecia rosto humano. 8Os
cabelos deles eram como os de mulher e os dentes como os de leão. 9Tinham
couraças como couraças de ferro, e o som das suas asas era como o barulho de
muitos cavalos e carruagens correndo para a batalha. 10Tinham caudas e ferrões
como de escorpiões, e na cauda tinham poder para causar tormento aos homens
durante cinco meses. 11Tinham um rei sobre eles, o anjo do Abismo, cujo nome,
em hebraico, é Abadom e, em grego, Apoliom. 12O primeiro ai passou; dois outros
ais ainda virão.
A
Sexta Trombeta Traz o Segundo Terror
13O sexto anjo tocou a sua trombeta,
e ouvi uma voz que vinha das pontas[16] do altar de ouro que está diante de
Deus. 14Ela disse ao sexto anjo que tinha a trombeta: "Solte os quatro
anjos que estão amarrados junto ao grande rio Eufrates". 15Os quatro
anjos, que estavam preparados para aquela hora, dia, mês e ano, foram soltos
para matar um terço da humanidade. 16O número dos cavaleiros que compunham os
exércitos era de duzentos milhões; eu ouvi o seu número. 17Os cavalos e os
cavaleiros que vi em minha visão tinham este aspecto: as suas couraças eram
vermelhas como o fogo, azuis como o jacinto, e amarelas como o enxofre. A
cabeça dos cavalos parecia a cabeça de um leão, e da boca lançavam fogo, fumaça
e enxofre. 18Um terço da humanidade foi morto pelas três pragas: de fogo,
fumaça e enxofre, que saíam das suas bocas. 19O poder dos cavalos estava na
boca e na cauda; pois as suas caudas eram como cobras; tinham cabeças com as
quais feriam as pessoas. 20O restante da humanidade que não morreu por essas
pragas, nem assim se arrependeu das obras das suas mãos; eles não pararam de
adorar os demônios e os ídolos de ouro, prata, bronze, pedra e madeira, ídolos
que não podem ver, nem ouvir, nem andar. 21Também não se arrependeram dos seus
assassinatos, das suas feitiçarias, da sua imoralidade sexual e dos seus
roubos.
O
Anjo e o Livro
1Então vi outro anjo poderoso, que
descia dos céus. Ele estava envolto numa nuvem, e havia um arco-íris acima de
sua cabeça. Sua face era como o sol, e suas pernas eram como colunas de fogo. 2Ele
segurava um livrinho, que estava aberto em sua mão. Colocou o pé direito sobre
o mar e o pé esquerdo sobre a terra,
3e deu um alto brado, como o rugido
de um leão. Quando ele bradou, os sete trovões falaram. 4Logo que os sete
trovões falaram, eu estava prestes a escrever, mas ouvi uma voz dos céus, que
disse: "Sele o que disseram os sete trovões, e não o escreva". 5Então
o anjo que eu tinha visto em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão
direita para o céu 6e jurou por aquele que vive para todo o sempre, que criou
os céus e tudo o que neles há, a terra e tudo o que nela há, e o mar e tudo o
que nele há, dizendo: Não haverá mais demora! 7Mas, nos dias em que o sétimo
anjo estiver para tocar sua trombeta, vai cumprir-se o mistério de Deus, da
forma como ele o anunciou aos seus servos, os profetas. 8Depois falou comigo
mais uma vez a voz que eu tinha ouvido falar dos céus: "Vá, pegue o livro
aberto que está na mão do anjo que se encontra em pé sobre o mar e sobre a
terra". 9Assim me aproximei do anjo e lhe pedi que me desse o livrinho.
Ele me disse: "Pegue-o e coma-o! Ele será amargo em seu estômago, mas em
sua boca será doce como mel". 10Peguei o livrinho da mão do anjo e o comi.
Ele me pareceu doce como mel em minha boca; mas, ao comê-lo, senti que o meu
estômago ficou amargo. 11Então me foi dito: "É preciso que você profetize
de novo acerca de muitos povos, nações, línguas e reis".
As Duas Testemunhas
1Deram-me um caniço semelhante a uma
vara de medir, e me disseram: Vá e meça o templo de Deus e o altar, e conte os
adoradores que lá estiverem. 2Exclua, porém, o pátio exterior; não o meça, pois
ele foi dado aos gentios[18]. Eles pisarão a cidade santa durante quarenta e
dois meses. 3Darei poder às minhas duas testemunhas, e elas profetizarão
durante mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco. 4Estas são as
duas oliveiras e os dois candelabros que permanecem diante do Senhor da terra. 5Se
alguém quiser causar-lhes dano, da boca deles sairá fogo que devorará os seus
inimigos. É assim que deve morrer qualquer pessoa que quiser causar-lhes dano. 6Estes
homens têm poder para fechar o céu, de modo que não chova durante o tempo em
que estiverem profetizando, e têm poder para transformar a água em sangue e
ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas vezes desejarem. 7Quando eles
tiverem terminado o seu testemunho, a besta que vem do Abismo os atacará. E irá
vencê-los e matá-los. 8Os seus cadáveres ficarão expostos na rua principal da
grande cidade, que figuradamente é chamada Sodoma e Egito, onde também foi
crucificado o seu Senhor. 9Durante três dias e meio, gente de todos os povos,
tribos, línguas e nações contemplarão os seus cadáveres e não permitirão que
sejam sepultados. 10Os habitantes da terra se alegrarão por causa deles e
festejarão, enviando presentes uns aos outros, pois esses dois profetas haviam
atormentado os que habitam na terra. 11Mas, depois dos três dias e meio, entrou
neles um sopro de vida da parte de Deus, e eles ficaram em pé, e um grande
terror tomou conta daqueles que os viram. 12Então eles ouviram uma forte voz
dos céus que lhes disse: "Subam para cá". E eles subiram para os céus
numa nuvem, enquanto os seus inimigos olhavam. 13Naquela mesma hora houve um
forte terremoto, e um décimo da cidade ruiu. Sete mil pessoas foram mortas no
terremoto; os sobreviventes ficaram aterrorizados e deram glória ao Deus dos
céus. 14º
segundo ai passou; o terceiro ai virá
em breve.
A Sétima Trombeta Traz o Terceiro Terror
15O sétimo anjo tocou a sua trombeta,
e houve fortes vozes nos céus que diziam: "O reino do mundo se tornou de
nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre". 16Os
vinte e quatro anciãos que estavam assentados em seus tronos diante de Deus
prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, 17dizendo: Graças te damos,
Senhor Deus todo-poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande
poder e começaste a reinar. 18As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o
tempo de julgares os mortos e de recompensares os teus servos, os profetas, os
teus santos e os que temem o teu nome, tanto pequenos como grandes, e de
destruir os que destroem a terra. 19Então foi aberto o santuário de Deus nos
céus, e ali foi vista a arca da sua aliança. Houve relâmpagos, vozes, trovões,
um terremoto e um grande temporal de granizo.
A
Mulher e o Dragão
1Apareceu no céu um sinal
extraordinário: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma
coroa de doze estrelas sobre a cabeça. 2Ela estava grávida e gritava de dor,
pois estava para dar à luz. 3Então apareceu no céu outro sinal: um enorme
dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres, tendo sobre as cabeças sete
coroas. 4Sua cauda arrastou consigo um terço das estrelas do céu, lançando-as
na terra. O dragão colocou-se diante da mulher que estava para dar à luz, para
devorar o seu filho no momento em que nascesse. 5Ela deu à luz um filho, um
homem, que governará todas as nações com cetro de ferro. Seu filho foi
arrebatado para junto de Deus e de seu trono. 6A mulher fugiu para o deserto,
para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus, para que ali a
sustentassem durante mil duzentos e sessenta dias.
Guerra
no Céu
7Houve então uma guerra nos céus.
Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e os seus anjos
revidaram. 8Mas estes não foram suficientemente fortes, e assim perderam o seu
lugar nos céus. 9O grande dragão foi lançado fora. Ele é a antiga serpente
chamada Diabo ou Satanás, que engana o mundo todo. Ele e os seus anjos foram
lançados à terra. 10Então ouvi uma forte voz dos céus que dizia: Agora veio a
salvação, o poder e o Reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, pois
foi lançado fora o acusador dos nossos irmãos, que os acusa diante do nosso
Deus, dia e noite. 11Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do
testemunho que deram; diante da morte, não amaram a própria vida.12Portanto,
celebrem-no, ó céus, e os que neles habitam! Mas, ai da terra e do mar, pois o
Diabo desceu até vocês! Ele está cheio de fúria, pois sabe que lhe resta pouco
tempo. 13Quando o dragão foi lançado à terra, começou a perseguir a mulher que
dera à luz o menino. 14Foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para
que ela pudesse voar para o lugar que lhe havia sido preparado no deserto, onde
seria sustentada durante um tempo, tempos e meio tempo, fora do alcance da
serpente. 15Então a serpente fez jorrar da sua boca água como um rio, para
alcançar a mulher e arrastá-la com a correnteza. 16A terra, porém, ajudou a
mulher, abrindo a boca e engolindo o rio que o dragão fizera jorrar da sua
boca. 17O dragão irou-se contra a mulher e saiu para guerrear contra o restante
da sua descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis
ao testemunho de Jesus. 18Então o dragão se pôs em pé[20] na areia do mar.
A
Besta do Mar
1Vi uma besta que saía do mar. Tinha
dez chifres e sete cabeças, com dez coroas[21], uma sobre cada chifre, e em
cada cabeça um nome de blasfêmia. 2A besta que vi era semelhante a um leopardo,
mas tinha pés como os de urso e boca como a de leão. O dragão deu à besta o seu
poder, o seu trono e grande autoridade. 3Uma das cabeças da besta parecia ter
sofrido um ferimento mortal, mas o ferimento mortal foi curado. Todo o mundo
ficou maravilhado e seguiu a besta. 4Adoraram o dragão, que tinha dado
autoridade à besta, e também adoraram a besta, dizendo: "Quem é como a
besta? Quem pode guerrear contra ela?" 5À besta foi dada uma boca para
falar palavras arrogantes e blasfemas, e lhe foi dada autoridade para agir
durante quarenta e dois meses. 6Ela abriu a boca para blasfemar contra Deus e
amaldiçoar o seu nome e o seu tabernáculo, os que habitam nos céus. 7Foi-lhe
dado poder para guerrear contra os santos e vencê-los. Foi-lhe dada autoridade
sobre toda tribo, povo, língua e nação. 8Todos os habitantes da terra adorarão
a besta, a saber, todos aqueles que não tiveram seus nomes escritos no livro da
vida do Cordeiro que foi morto desde a criação do mundo. 9Aquele que tem
ouvidos ouça:
10Se alguém há de ir para o
cativeiro, para o cativeiro irá. Se alguém há de ser morto à espada, morto à
espada haverá de ser. Aqui estão a perseverança e a fidelidade dos santos.
A
Besta da Terra
11Então vi outra besta que saía da
terra, com dois chifres como cordeiro, mas que falava como dragão. 12Exercia
toda a autoridade da primeira besta, em nome[25] dela, e fazia a terra e seus
habitantes adorarem a primeira besta, cujo ferimento mortal havia sido curado. 13E
realizava grandes sinais, chegando a fazer descer fogo do céu à terra, à vista
dos homens. 14Por causa dos sinais que lhe foi permitido realizar em nome da
primeira besta, ela enganou os habitantes da terra. Ordenou-lhes que fizessem
uma imagem em honra à besta que fora ferida pela espada e contudo revivera. 15Foi-lhe
dado poder para dar fôlego à imagem da primeira besta, de modo que ela podia
falar e fazer que fossem mortos todos os que se recusassem a adorar a imagem. 16Também
obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a
receberem certa marca na mão direita ou na testa, 17para que ninguém pudesse
comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o
número do seu nome. 18Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o
número da besta, pois é número de homem. Seu número é seiscentos e sessenta e
seis.
O
Cordeiro e os 144.000
1Então olhei, e diante de mim estava
o Cordeiro, em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil
que traziam escritos na testa o nome dele e o nome de seu Pai. 2Ouvi um som dos
céus como o de muitas águas e de um forte trovão. Era como o de harpistas
tocando seus instrumentos. 3Eles cantavam um cântico novo diante do trono, dos
quatro seres viventes e dos anciãos. Ninguém podia aprender o cântico, a não
ser os cento e quarenta e quatro mil que haviam sido comprados da terra. 4Estes
são os que não se contaminaram com mulheres, pois se conservaram castos[26] e
seguem o Cordeiro por onde quer que ele vá. Foram comprados dentre os homens e
ofertados como primícias a Deus e ao Cordeiro. 5Mentira nenhuma foi encontrada
em suas bocas; são imaculados.
A
Mensagem dos Três Anjos
6Então vi outro anjo, que voava pelo
céu e tinha na mão o evangelho eterno para proclamar aos que habitam na terra,
a toda nação, tribo, língua e povo. 7Ele disse em alta voz: "Temam a Deus
e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os
céus, a terra, o mar e as fontes das águas". 8Um segundo anjo o seguiu,
dizendo: "Caiu! Caiu a grande Babilônia que fez todas as nações beberem do
vinho da fúria da sua prostituição!" 9Um terceiro anjo os seguiu, dizendo
em alta voz: Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber a sua marca na
testa ou na mão, 10também beberá do vinho do furor de Deus que foi derramado
sem mistura no cálice da sua ira. Será ainda atormentado com enxofre ardente na
presença dos santos anjos e do Cordeiro, 11e a fumaça do tormento de tais
pessoas sobe para todo o sempre. Para todos os que adoram a besta e a sua
imagem, e para quem recebe a marca do seu nome, não há descanso, dia e noite. 12Aqui
está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e
permanecem fiéis a Jesus.13Então ouvi uma voz dos céus dizendo: "Escreva:
Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante". Diz o
Espírito: "Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os
seguirão".
A
Colheita da Terra
14Olhei, e diante de mim estava uma
nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, alguém "semelhante a um filho de
homem" [27]. Ele estava com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada
na mão. 15Então saiu do santuário um outro anjo, que bradou em alta voz àquele
que estava assentado sobre a nuvem: "Tome a sua foice e faça a colheita,
pois a safra da terra está madura; chegou a hora de colhê-la". 16Assim,
aquele que estava assentado sobre a nuvem passou sua foice pela terra, e a
terra foi ceifada. 17Outro anjo saiu do santuário dos céus, trazendo também uma
foice afiada. 18E ainda outro anjo, que tem autoridade sobre o fogo, saiu do
altar e bradou em alta voz àquele que tinha a foice afiada: "Tome sua
foice afiada e ajunte os cachos de uva da videira da terra, porque as suas uvas
estão maduras!" 19O anjo passou a foice pela terra, ajuntou as uvas e as
lançou no grande lagar da ira de Deus. 20Elas foram pisadas no lagar, fora da
cidade, e correu sangue do lagar, chegando ao nível dos freios dos cavalos,
numa distância de cerca de trezentos quilômetros.
Os
Sete Anjos com Sete Pragas
1Vi no céu outro sinal, grande e
maravilhoso: sete anjos com as sete últimas pragas, pois com elas se completa a
ira de Deus. 2Vi algo semelhante a um mar de vidro misturado com fogo, e, em
pé, junto ao mar, os que tinham vencido a besta, a sua imagem e o número do seu
nome. Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dadas por Deus, 3e cantavam o
cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: Grandes e
maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros
são os teus caminhos, ó Rei das nações. 4Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não
glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua
presença e te adorarão, pois os teus atos de justiças e tornaram manifestos. 5Depois
disso olhei e vi que se abriu nos céus o santuário, o tabernáculo da aliança.
6Saíram do santuário os sete anjos
com as sete pragas. Eles estavam vestidos de linho puro e resplandecente, e
tinham cinturões de ouro ao redor do peito. 7E um dos quatro seres viventes deu
aos sete anjos sete taças de ouro cheias da ira de Deus, que vive para todo o
sempre. 8O santuário ficou cheio da fumaça da glória de Deus e do seu poder, e
ninguém podia entrar no santuário enquanto não se completassem as sete pragas
dos sete anjos.
Os
Sete Vasos da Ira de Deus
1Então ouvi uma forte voz que vinha
do santuário e dizia aos sete anjos: "Vão derramar sobre a terra as sete
taças da ira de Deus". 2O primeiro anjo foi e derramou a sua taça pela
terra, e abriram-se feridas malignas e dolorosas naqueles que tinham a marca da
besta e adoravam a sua imagem. 3O segundo anjo derramou a sua taça no mar, e
este se transformou em sangue como de um morto, e morreu toda criatura que
vivia no mar. 4O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes, e
eles se transformaram em sangue. 5Então ouvi o anjo que tem autoridade sobre as
águas dizer: Tu és justo, tu, o Santo, que és e que eras, porque julgaste estas
coisas; 6pois eles derramaram o sangue dos teus santos e dos teus profetas, e
tu lhes deste sangue para beber, como eles merecem. 7E ouvi o altar responder:
"Sim, Senhor Deus todo-poderoso, verdadeiros e justos são os teus
juízos". 8O quarto anjo derramou a sua taça no sol, e foi dado poder ao
sol para queimar os homens com fogo. 9Estes foram queimados pelo forte calor e
amaldiçoaram o nome de Deus, que tem domínio sobre estas pragas; contudo,
recusaram arrepender-se e glorificá-lo. 10O quinto anjo derramou a sua taça
sobre o trono da besta, cujo reino ficou em trevas. De tanta agonia, os homens
mordiam a própria língua, 11e blasfemavam contra o Deus dos céus, por causa das
suas dores e das suas feridas; contudo, recusaram arrepender-se das obras que
haviam praticado. 12O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio
Eufrates, e secaram-se as suas águas para que fosse preparado o caminho para os
reis que vêm do Oriente. 13 Então vi saírem da boca do dragão, da boca da besta
e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. 14São
espíritos de demônios que realizam sinais milagrosos; eles vão aos reis de todo
o mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-poderoso.
15"Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece vigilante e
conserva consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja vista a sua
vergonha." 16Então os três espíritos os reuniram no lugar que, em
hebraico, é chamado Armagedom. 17O sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e do
santuário saiu uma forte voz que vinha do trono, dizendo: "Está
feito!" 18Houve, então, relâmpagos, vozes, trovões e um forte terremoto.
Nunca havia ocorrido um terremoto tão forte como esse desde que o homem existe
sobre a terra. 19A grande cidade foi dividida em três partes, e as cidades das
nações se desmoronaram. Deus lembrou-se da grande Babilônia e lhe deu o cálice
do vinho do furor da sua ira. 20Todas as ilhas fugiram, e as montanhas
desapareceram. 21Caíram sobre os homens, vindas do céu, enormes pedras de
granizo, de cerca de trinta e cinco quilos cada; eles blasfemaram contra Deus
por causa do granizo, pois a praga fora terrível.
A
Grande Prostituta
1Um dos sete anjos que tinham as sete
taças aproximou-se e me disse: Venha, eu lhe mostrarei o julgamento da grande
prostituta que está sentada sobre muitas águas, 2com quem os reis da terra se
prostituíram; os habitantes da terra se embriagaram com o vinho da sua
prostituição. 3Então o anjo me levou no Espírito para um deserto. Ali vi uma
mulher montada numa besta vermelha, que estava coberta de nomes blasfemos e que
tinha sete cabeças e dez chifres. 4A mulher estava vestida de púrpura e
vermelho, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Segurava um cálice de
ouro, cheio de coisas repugnantes e da impureza da sua prostituição. 5Em sua
testa havia esta inscrição: MISTÉRIO: BABILÔNIA, A GRANDE; A MÃE DAS PROSTITUTASE
DAS PRÁTICAS REPUGNANTES DA TERRA. 6Vi que a mulher estava embriagada com o
sangue dos santos, o sangue das testemunhas de Jesus. Quando a vi, fiquei muito
admirado. 7Então o anjo me disse: Por que você está admirado? Eu lhe explicarei
o mistério dessa mulher e da besta sobre a qual ela está montada, que tem sete
cabeças e dez chifres. 8A besta que você viu, era e já não é. Ela está para
subir do Abismo e caminha para a perdição. Os habitantes da terra, cujos nomes
não foram escritos no livro da vida desde a criação do mundo, ficarão admirados
quando virem a besta, porque ela era, agora não é, e entretanto virá. 9Aqui se
requer mente sábia. As sete cabeças são sete colinas sobre as quais está
sentada a mulher. 10São também sete reis. Cinco já caíram, um ainda existe, e o
outro ainda não surgiu; mas, quando surgir, deverá permanecer durante pouco
tempo. 11A besta que era, e agora não é, é o oitavo rei. É um dos sete, e
caminha para a perdição. 12Os dez chifres que você viu são dez reis que ainda
não receberam reino, mas que por uma hora receberão autoridade como reis, junto
com a besta. 13Eles têm um único propósito, e darão seu poder e sua autoridade
à besta. 14Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois é o
Senhor dos senhores e o Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados,
escolhidos e fiéis. 15Então o anjo me disse: As águas que você viu, onde está
sentada a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas. 16A besta e os
dez chifres que você viu odiarão a prostituta. Eles a levarão à ruína e a
deixarão nua, comerão a sua carne e a destruirão com fogo, 17pois Deus colocou
no coração deles o desejo de realizar o propósito que ele tem, levando-os a concordarem
em dar à besta o poder que eles têm para reinar até que se cumpram as palavras
de Deus.18A mulher que você viu é a grande cidade que reina sobre os reis da
terra.
A
Queda de Babilônia
1Depois disso vi outro anjo que
descia dos céus. Tinha grande autoridade, e a terra foi iluminada por seu
esplendor.2E ele bradou com voz poderosa: Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela se
tornou habitação de demônios e antro de todo espírito imundo[32], antro de toda
ave impura e detestável, 3pois todas as nações beberam do vinho da fúria da sua
prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela; à custa do seu luxo
excessivo os negociantes da terra se enriqueceram. 4Então ouvi outra voz dos
céus que dizia: Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos
seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam! 5Pois
os pecados da Babilônia acumularam-se até o céu, e Deus se lembrou dos seus
crimes. 6Retribuam-lhe na mesma moeda; paguem-lhe em dobro pelo que fez;
misturem para ela uma porção dupla no seu próprio cálice. 7Façam-lhe sofrer
tanto tormento e tanta aflição como a glória e o luxo a que ela se entregou. Em
seu coração ela se vangloriava: "Estou sentada como rainha; não sou viúva
e jamais terei tristeza". 8Por isso num só dia as suas pragas a
alcançarão: morte, tristeza e fome; e o fogo a consumirá, pois poderoso é o
Senhor Deus que a julga. 9Quando os reis da terra, que se prostituíram com ela
e participaram do seu luxo, virem a fumaça do seu incêndio, chorarão e se
lamentarão por ela. 10Amedrontados por causa do tormento dela, ficarão de longe
e gritarão: " "Ai! A grande cidade! Babilônia, cidade poderosa! Em
apenas uma hora chegou a sua condenação!" 11 Os negociantes da terra
chorarão e se lamentarão por causa dela, porque ninguém mais compra a sua
mercadoria: 12artigos como ouro, prata, pedras preciosas e pérolas; linho fino,
púrpura, seda e tecido vermelho; todo tipo de madeira de cedro e peças de
marfim, madeira preciosa, bronze, ferro e mármore; 13canela e outras
especiarias, incenso, mirra e perfumes; vinho e azeite de oliva, farinha fina e
trigo; bois e ovelhas, cavalos e carruagens, e corpos e almas de seres humanos.
14Eles dirão: "Foram-se as frutas que tanto lhe apeteciam! Todas as suas
riquezas e todo o seu esplendor se desvaneceram; nunca mais serão recuperados. 15Os
negociantes dessas coisas, que enriqueceram à custa dela, ficarão de longe,
amedrontados com o tormento dela, e chorarão e se lamentarão, 16gritando:
"Ai! A grande cidade, vestida de linho fino, de roupas de púrpura e vestes
vermelhas, adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas! 17Em apenas uma hora,
tamanha riqueza foi arruinada!" Todos os pilotos, todos os passageiros e
marinheiros dos navios e todos os que ganham a vida no mar ficarão de longe. 18Ao
verem a fumaça do incêndio dela, exclamarão: "Que outra cidade jamais se
igualou a esta grande cidade?" 19Lançarão pó sobre a cabeça e,
lamentando-se e chorando, gritarão: "Ai! A grande cidade! Graças à sua
riqueza, nela prosperaram todos os que tinham navios no mar! Em apenas uma hora
ela ficou em ruínas! 20Celebrem o que se deu com ela, ó céus! Celebrem, ó
santos, apóstolos e profetas! Deus a julgou, retribuindo-lhe o que ela fez a
vocês". 21Então um anjo poderoso levantou uma pedra do tamanho de uma
grande pedra de moinho, lançou-a ao mar e disse: Com igual violência será
lançada por terra a grande cidade de Babilônia, para nunca mais ser encontrada.
22Nunca mais se ouvirá em seu meio o som dos harpistas, dos músicos, dos
flautistas e dos tocadores de trombeta. Nunca mais se achará dentro de seus
muros artífice algum, de qualquer profissão. Nunca mais se ouvirá em seu meio o
ruído das pedras de moinho. 23Nunca mais brilhará dentro de seus muros a luz da
candeia. Nunca mais se ouvirá alia voz do noivo e da noiva. Seus mercadores
eram os grandes do mundo. Todas as nações foram seduzidas por suas feitiçarias.
24Nela foi encontrado sangue de
profetas e de santos, e de todos os que foram assassinados na terra.
Canção
da Vitória no Céu
1Depois disso ouvi nos céus algo
semelhante à voz de uma grande multidão, que exclamava: Aleluia! A salvação, a
glória e o poder pertencem ao nosso Deus, 2pois verdadeiros e justos são os
seus juízos. Ele condenou a grande prostituta que corrompia a terra com a sua
prostituição. Ele cobrou dela o sangue dos seus servos. 3E mais uma vez a
multidão exclamou: "Aleluia! A fumaça que dela vem, sobe para todo o
sempre". 4Os vinte e quatro anciãos e os quatro seres viventes
prostraram-se e adoraram a Deus, que estava assentado no trono, e exclamaram:
"Amém, Aleluia!" 5Então veio do trono uma voz, conclamando: "Louvem
o nosso Deus, todos vocês, seus servos, vocês que o temem, tanto pequenos como
grandes!"
A
Festa de Casamento do Cordeiro
6Então ouvi algo semelhante ao som de
uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que
bradava: Aleluia! , pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso. 7Regozijemo-nos!
Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do
Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou. 8Para vestir-se, foi-lhe dado linho
fino, brilhante e puro. O linho fino são os atos justos dos santos. 9E o anjo
me disse: "Escreva: Felizes os convidados para o banquete do casamento do
Cordeiro!" E acrescentou: "Estas são as palavras verdadeiras de
Deus". 10Então caí aos seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: "Não
faça isso! Sou servo como você e como os seus irmãos que se mantêm fiéis ao
testemunho[34] de Jesus. Adore a Deus! O testemunho de Jesus é o espírito de
profecia".
O
Cavaleiro no Cavalo Branco
11Vi os céus abertos e diante de mim
um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e
guerreia com justiça.12Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há
muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. 13Está vestido com
um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus. 14Os exércitos dos
céus o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos
brancos. 15De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações.
"Ele as governará com cetro de ferro." Ele pisa o lagar do vinho do
furor da ira do Deus todo-poderoso. 16Em seu manto e em sua coxa está escrito
este nome: REI DOS REISE SENHOR DOS SENHORES. 17Vi um anjo que estava em pé no
sol e que clamava em alta voz a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Venham,
reúnam-se para o grande banquete de Deus, 18para comerem carne de reis,
generais e poderosos, carne de cavalos e seus cavaleiros, carne de todos ?
livres e escravos, pequenos e grandes. 19Então vi a besta, os reis da terra e
os seus exércitos reunidos para guerrearem contra aquele que está montado no
cavalo e contra o seu exército. 20Mas a besta foi presa, e com ela o falso
profeta que havia realizado os sinais milagrosos em nome dela, com os quais ele
havia enganado os que receberam a marca da besta e adoraram a imagem dela. Os
dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. 21Os demais
foram mortos com a espada que saía da boca daquele que está montado no cavalo.
E todas as aves se fartaram com a carne deles.
Os Mil Anos
1Vi descer dos céus um anjo que
trazia na mão a chave do Abismo e uma grande corrente.
2Ele prendeu o dragão, a antiga
serpente, que é o Diabo, Satanás, e o acorrentou por mil anos; 3lançou-o no
Abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as
nações, até que terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele
seja solto por um pouco de tempo. 4Vi tronos em que se assentaram aqueles a
quem havia sido dada autoridade para julgar. Vi as almas dos que foram
decapitados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus. Eles não
tinham adorado a besta nem a sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na
testa nem nas mãos. Eles ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos.
5(O restante dos mortos não voltou a
viver até se completarem os mil anos. ) Esta é a primeira ressurreição. 6Felizes
e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem
poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele
durante mil anos.
A Derrota de Satanás
7Quando terminarem os mil anos,
Satanás será solto da sua prisão 8e sairá para enganar as nações que estão nos
quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu
número é como a areia do mar. 9As nações marcharam por toda a superfície da
terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu
do céu e as devorou. 10O Diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo
que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta.
Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre.
O Juízo Final
11Depois vi um grande trono branco e
aquele que nele estava assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e
não se encontrou lugar para eles. 12Vi também os mortos, grandes e pequenos, em
pé diante do trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da
vida. Os mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que
estava registrado nos livros. 13O mar entregou os mortos que nele havia, e a
morte e o Hades[37] entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi julgado
de acordo com o que tinha feito.14Então a morte e o Hades foram lançados no
lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. 15Aqueles cujos nomes não foram
encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo.
O
Novo Céu e a Nova Terra
1Então vi novos céus e nova terra,
pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e o mar já não existia. 2Vi
a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus,
preparada como uma noiva adornada para o seu marido. 3Ouvi uma forte voz que
vinha do trono e dizia: Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os
quais ele viverá. Eles serão os seus povos[38]; o próprio Deus estará com eles
e será o seu Deus. 4Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais
morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou. 5Aquele
que estava assentado no trono disse: "Estou fazendo novas todas as
coisas!" E acrescentou: "Escreva isto, pois estas palavras são
verdadeiras e dignas de confiança". 6Disse-me ainda: Está feito. Eu sou o
Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber
gratuitamente da fonte da água da vida. 7O vencedor herdará tudo isto, e eu
serei seu Deus e ele será meu filho. 8Mas os covardes, os incrédulos, os
depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam
feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos ? o lugar deles será no lago de
fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte.
A Nova Jerusalém
9Um dos sete anjos que tinham as sete
taças cheias das últimas sete pragas aproximou-se e me disse: "Venha, eu
lhe mostrarei a noiva, a esposa do Cordeiro". 10Ele me levou no Espírito a
um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia dos
céus, da parte de Deus. 11Ela resplandecia com a glória de Deus, e o seu brilho
era como o de uma jóia muito preciosa, como jaspe, clara como cristal. 12Tinha
um grande e alto muro com doze portas e doze anjos junto às portas. Nas portas
estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13Havia três portas ao
oriente, três ao norte, três ao sul e três ao ocidente. 14O muro da cidade
tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do
Cordeiro. 15O anjo que falava comigo tinha como medida uma vara feita de ouro,
para medir a cidade, suas portas e seus muros. 16A cidade era quadrangular, de
comprimento e largura iguais. Ele mediu a cidade com a vara; tinha dois mil e
duzentos quilômetros[39] de comprimento; a largura e a altura eram iguais ao
comprimento. 17Ele mediu o muro, e deu sessenta e cinco metros de
espessura[40], segundo a medida humana que o anjo estava usando. 18O muro era
feito de jaspe e a cidade era de ouro puro, semelhante ao vidro puro. 19Os fundamentos
dos muros da cidade eram ornamentados com toda sorte de pedras preciosas. O
primeiro fundamento era ornamentado com jaspe; o segundo com safira; o terceiro
com calcedônia; o quarto com esmeralda; 20o quinto com sardônio; o sexto com
sárdio; o sétimo com crisólito; o oitavo com berilo; o nono com topázio; o
décimo com crisópraso; o décimo primeiro com jacinto; e o décimo segundo com
ametista. 21As doze portas eram doze pérolas, cada porta feita de uma única
pérola. A rua principal da cidade era de ouro puro, como vidro transparente. 22Não
vi templo algum na cidade, pois o Senhor Deus todo-poderoso e o Cordeiro são o
seu templo. 23A cidade não precisa de sol nem de lua para brilharem sobre ela,
pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua candeia. 24As nações
andarão em sua luz, e os reis da terra lhe trarão a sua glória. 25Suas portas
jamais se fecharão de dia, pois ali não haverá noite. 26A glória e a honra das
nações lhe serão trazidas. 27Nela jamais entrará algo impuro, nem ninguém que
pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes
estão escritos no livro da vida do Cordeiro. 1Então o anjo me mostrou o rio da
água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro, 2no
meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida,
que frutifica doze vezes por ano, uma por mês. As folhas da árvore servem para
a cura das nações. 3Já não haverá maldição nenhuma. O trono de Deus e do
Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o servirão. 4Eles verão a sua face,
e o seu nome estará em suas testas. 5Não haverá mais noite. Eles não precisarão
de luz de candeia, nem da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará; e eles
reinarão para todo o sempre.
Jesus
está Vindo
6O anjo me disse: Estas palavras são
dignas de confiança e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas,
enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de
acontecer. 7"Eis que venho em breve! Feliz é aquele que guarda as palavras
da profecia deste livro". 8Eu, João, sou aquele que ouviu e viu estas
coisas. Tendo-as ouvido e visto, caí aos pés do anjo que me mostrou tudo
aquilo, para adorá-lo. 9Mas ele me disse: "Não faça isso! Sou servo como
você e seus irmãos, os profetas, e como os que guardam as palavras deste livro.
Adore a Deus!" 10Então me disse: Não sele as palavras da profecia deste
livro, pois o tempo está próximo. 11Continue o injusto a praticar injustiça;
continue o imundo na imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue
o santo a santificar-se. 12Eis que venho em breve! A minha recompensa está
comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez. 13Eu sou o Alfa e o
Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. 14Felizes os que lavam as
suas vestes, e assim têm direito à árvore da vida e podem entrar na cidade
pelas portas. 15Fora ficam os cães, os que praticam feitiçaria, os que cometem
imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos os que amam e
praticam a mentira. 16"Eu, Jesus, enviei o meu anjo para dar a vocês este
testemunho concernente às igrejas. Eu sou a Raiz e o Descendente de Davi, e a
resplandecente Estrela da Manhã." 17O Espírito e a noiva dizem:
"Vem!" E todo aquele que ouvir diga: "Vem!" Quem tiver
sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida. 18Declaro a todos os
que ouvem as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhe acrescentar algo,
Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro. 19Se alguém tirar alguma
palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida
e na cidade santa, que são descritas neste livro. 20Aquele que dá testemunho
destas coisas diz: "Sim, venho em breve!" Amém. Vem, Senhor Jesus! 21A
graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém.
APOCALIPSE NA ÍNTEGRA (4 a 22)
Reviewed by Kleber Siqueira
on
domingo, fevereiro 21, 2016
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