PANORAMA BÍBLICO APOCALIPSE

Autor. De acordo com o próprio livro, João é o autor deste livro (Ap 1.4, 9; 22.8).

Data. João escreveu este livro no ano 95 d.C., durante o reinado de Titio Flávio Domiciano.

Tema. O tema predominante do livro é a volta de Jesus Cristo. É certo que todas as Escrituras falam do salvador, mas neste livro, Cristo é exaltado de maneira especial em Sua grandeza de glória. Afinal “Apocalipse” é o livro da revelação de Jesus, e não apenas dos acontecimentos futuros.

Propósito. Este livro tem por objetivo proporcionar conforto aos cristãos que estavam sendo perseguidos naquele tempo. João estava preso na ilha de Patmus, e de forma diferente dos demais escritos, este livro foi resultado de uma visão dada por Deus a João (Ap. 1.9-11).

Perseguições: Houve grandes perseguições nos primeiros séculos contra a igreja: 1) Nero (64 d.C.); 2) Domiciano (95 d.C.); 3) Trajano (112 d.C.); 4) Marco Aurélio (117 d.C.); 5) Sétimo Severo (fim do segundo século); 6) Décio (250 d.C.); 7) Diocleciano (303 d.C.).

Curiosidades.

.      Existem “sete bem-aventuranças” no Livro do Apocalise (1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7;22.14). O livro fala às “sete igrejas”; “sete selos”. “sete trombetas”; “sete taças”; “sete estrelas”; “sete candeeiros”; “sete Espíritos”, entre outros. O número “sete” é importante neste, pois significa “plenitude e consumação”

.    A palavra igreja não aparece entre os capítulos 3.22 a 22.16, concordando com a promessa do nosso Senhor Jesus à igreja em Ap. 3.10,11 indicando que a igreja não passará pela tribulação, e também é confirmado por Paulo (! Ts 1.10; 5.9,10) (Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra...)

Cristo Revelado na carta. Embora o ministério terreno de Jesus seja condensado entre sua encarnação e ascensão em 12.5, o Livro do Apocalipse afirma que o Filho de Deus, como Cordeiro, terminou completamente sua obra de redenção (1.5-6). Através de seu sangue, os pecadores foram perdoados, purificados (5.6,9; 7.14; 12.11) liberados (1.5) e fizeram reis e sacerdotes (1.6; 5.10). Todas as manifestações resultantes de sua vitória aplicada baseiam-se em sua obra terminada na cruz; portanto, satanás foi derrotado (12.7-12) e preso (20.1-3). Jesus ressuscitou dos mortos e foi entronado como Soberano absoluto sobre toda a criação (1.5; 2.27). Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores (17.14; 19.16) e deve receber a mesma adoração que recebe de Deus, o Criador ( 5.12-14).

A ação Espírito Santo na carta. A descrição do ES como os sete Espíritos de Deus (1.4; 3.1; 4.5; 5.6). o ES é manifestado em termos de perfeição de sua atividade dinâmica, complexa. As sete lâmpadas de fogo (4.5) sugerem seu ministério iluminador, purificador e energizador. O fato de os sete espíritos estarem diante do trono (1.4; 4.5) e serem simultaneamente os olhos do Cordeiro (5.6) significa a trindade una essencial de Deus que se revelou como Pai, Filho e ES. Cada uma das mensagens para as sete igreja é do Senhor exaltado, mas o membros individuais são incitados a ouvir o que o Espírito diz (caps.2-3). O Espírito diz somente o que o Senhor Jesus diz. Portanto , o Espírito é o Espírito da profecia. Cada profecia genuína é inspirada pelo ES e presta testemunho a Jesus (19.10). Portanto, o Espírito penetra na experiência atual daqueles que ouvem com antegozo do cumprimento futuro do Reino.

Referências Bibliográficas:

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Apocalipse. São Paulo. Geográfica. 2000.

ALMEIDA. J. Ferreira. Bíblia Anotada. Apocalipse. Mundo Cristão. São Paulo. 1978.

Disponível em: https://www.bibliaemail.com/pt/Apocalipse/sobre?v=pcf. Em 23/02/2016.