Autor: A autoria desta
carta está logo na introdução da mesma, “Tiago, servo de Deus e do
Senhor Jesus Cristo” Tg1.1. Tiago era um nome muito comum
naquela época. No Novo Testamento cita quatro pessoas identificadas como
“Tiago”.
- Tiago filho de Zebedeu e irmão de João (Mt 4.17-22), apelidado por Cristo como “filhos do trovão” por serem impulsivos (Mc3.17), o primeiro discípulo a morrer, foi executado por Herodes no ano 44d.C.
- Tiago, filho de Alfeu, (Mt 10.3; At 1.13)
- Tiago, pai de Judas o discípulo (Lc6.16), esse Judas é chamado filho de Tiago.
- Tiago, irmão de Jesus, sendo o mais provável autor desta carta.
Local: Segundo Calson,
esta carta provavelmente foi escrita em Jerusalém, quando Tiago liderou a
igreja nesta cidade, pois de acordo com a tradição cristã Tiago foi o primeiro
bispo de Jerusalém.
Data: Não há uma data específica par a escrita desta carta, mas
há um detalhe relevante para uma data próxima, o “Concílio de Jerusalém” não é
citado nesta carta. Segundo alguns eruditos, esta carta fora escrita entre os
anos de 45-50 e considerada uma das primeiras cartas do Novo Testamento.
Quem era Tiago:
Tiago
e os outros irmãos não creram no ministério de Jesus. Em Mateus 13.55,56 e
Marcos 6.3 afirmam que Jesus tinha irmãos e irmãs, e um dos seus irmãos
chamava-se Tiago. Segundo a tradição católica Romana, o termo “irmãos” tem como
tradução “primos”, por não ter uma palavra específica para a palavra “irmãos” na língua Grega. Porém as
associações que se depreendem ter havido entre Jesus e Seus irmãos, em trechos
como Mateus 13:55; Marcos 6:3; João 2:12 e 7:2-10, subentendem que havia laços
de sangue mais íntimos do que o de meros irmãos de criação. Embora Tiago não
cresse em Jesus durante seu ministério público, ele foi testemunha do Cristo
ressurreto (1Co 15.7) e se encontrava entre aqueles que esperavam pela descida
do Espírito Santo.
Tema: A conduta cristã na vida diária
Propósito: O
livro de Tiago se dirige aos cristãos judeus dispersos entre todas as nações (Tg
1.1), para
Curiosidades. Há um destaque para
esta carta, sua canonicidade. Devido a sua natureza extremamente prática e por não
haver muitas direções doutrinárias. Esta carta é considerada, a carta dos “P”,
ou seja, Tiago trata de questões Práticas da vida Cristã: Provações (1.2-12), Palavra
(1.19-27), Parcialidade (2.1-13), Pecado (2.18-26) e Paciência (5.1-12).
Cristo Revelado na carta. Começando
no primeiro verso e continuando por toda a carta, Tiago reconhece a autoridade
de Jesus, referindo-se como ?servo?, ou escravo, do Senhor. O termo é aplicável
a todos os cristãos, pois todos os verdadeiros discípulos de Cristo reconhecem
sua soberania sobre suas vidas e se comprometem espontaneamente a seus serviço.
Cristo é o objeto de nossa fé (2.1), aquele que cujo nome e em cujo poder
realizamos nosso ministério (5.14,15), o recompensador de todos aqueles que se
mantém firmes em meio a julgamentos (1.12), e aquele que virá, por quem
pacientemente esperamos (5.7-9). Tiago identifica Cristo como a ?glória? (2.1),
referindo-se ao Shekinah, a gloriosa manifestação da presença de Deus em meio a
seu povo. Não somente glorioso por si mesmo, ele é a glória divina, a presença
de Deus na terra (Lc 2.30-32; Jo 1.14; Hb 1.3).
De considerável interesse é o paralelo próximo entre o conteúdo dessa carta e a doutrina de Jesus, especialmente o Sermão da Montanha. Embora Tiago não cite exatamente nenhuma declaração de Jesus, há mais reminiscências verbais da doutrina do Senhor nesta carta do que em todo o resto das epístolas combinadas no NT. Essas alusões indicam uma associação próxima entre Tiago e Jesus e evidenciam a forte influência do Senhor na vida do autor.
A ação Espírito Santo na carta. A carta menciona especificamente o ES somente em 4.5, onde se declara que o Espírito que habita em nós deseja a nossa lealdade completa, não suportando rivalidade. A Atividade do ES pode ser vista no ministério aos doentes descritos em 5.14-16. À luz de outra terminologia bíblica que liga unção com o Espírito (Is 61.1; Lc 4.18; 1Jo 2.20-27), o ungir com o óleo é melhor compreendido como símbolo do ES. Além do mais, no grego, o artigo definido usado com a palavra ?fé? em 5.15 particulariza essa fé, sugerindo que Tiago está se referindo à manifestação do dom da fé (1Co 12.9).
Esboço:
- Saudação aos crentes judeus da dispersão (1:1)
- Alegria nas tribulações (1:2-4),
- Oração pedindo sabedoria (1:5-8)
- Desinteresse pelas riquezas materiais (1:9-11)
- Distinção entre provas e tentações (1:12-I8)
- A obediência à palavra (1:19-27)
- Amar sem ser parcial para com os ricos (2:1-13)
- As obras como prova de fé (2:14-26)
- A sabedoria (3:1 - 4:10)
- Sabedoria no controle da língua (3:1-12)
- Sabedoria na mansidão e na ausência da atitude mundana (3:13 - 4:10)
- Evitando a calúnia (4:11,12)
- A confiança sem base (4:13-17)
- A paciência (5:1-II)
- A honestidade (5:12)
- A atitude df coletividade, incluindo a oração pelos doentes e a mútua confissão de pecados (5:13-18)
- Recuperação de crentes que errarem (5:19,20)
Referências Bibliográficas:
- CARSON, D.A. Introdução ao Novo Testamento. Hebreus. São Paulo. Vida Nova. 1997.
- WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Hebreus. São Paulo. Geográfica. 2000.
- Biblioteca Digital da Bíblia. Sociedade Bíblica do Brasil. São Paulo.
- ALMEIDA. J. Ferreira. Bíblia Anotada. Hebreus. Mundo Cristão. São Paulo. 1978.
- Disponível em: https://www.bibliaemail.com/pt/Hebreus/sobre?v=pcf. Em 20/01/2016.
- GUNDRY. Robert H. Panorama do Novo Testamento. Tiago. Vida Nova. São Paulo. 2ª Ed. 1998.
- *Enciclopédia Ilumina Gold
PANORAMA BÍBLICO - TIAGO
Reviewed by Kleber Siqueira
on
quinta-feira, janeiro 28, 2016
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