Amados irmãos, não poderia deixar de comentar a respeito deste programa Big Brother Brasil. Como não pode ser diferente, este comentário é um convite à reflexão a respeito deste programa, e fica uma pergunta: Pode um cristão assistir a este programa, ou a outros com teor semelhante? Para responder a esta pergunta, se faz necessário contextualizar o programa em si. Então vejamos:
Segundo o Professor
doutor em Literatura, Gustavo Bernardo, no Site Revista e Vestibular, diz que
“O Big Brother de Orwell”, se inspira claramente nos grandes tiranos do nosso
tempo: Hitler e Stálin. Segundo Bernardo o escritor inglês critica frontalmente
os campos de concentração nazistas, mostrando-os como um projeto terrível cuja
principal tortura é a eliminação metódica da individualidade e a dignidade
daquele povo (Judeus), e pior ainda, nos campos, as mortes eram a força, no Big
Brother, não há morte física, mas há a morte moral de uma sociedade, que se dá
de forma lenta e divertida, não por força, mas de forma voluntária.
Diante destas palavras introdutórias, pode-se dizer que o propósito central deste programa está além de proporcionar diversão, e de forma semelhante aos campos de concentração que visava a eliminação forçada de um povo e sua dignidade, podemos perceber neste programa um ideal parecido, não de destruir um povo, mas sua dignidade, proporcionando aos seus telespectadores um empobrecimento cultural, um “emburrecimento” pessoal de seus participantes, e tudo isto em nome do entretenimento.
O
programa Big Brother, trás 3 pontos principais: a ambição para a conquista de
um alto prêmio em dinheiro, a exposição física, moral e sensual para conquistar fama
e sucesso, e uma forte manipulação de interesses para se manter vivos no
programa. Diante destes aspectos, temos
um programa com longa duração, extremamente atrativo, onde pessoas confinadas,
sem contato com o mundo exterior ao da casa, ficam expostas 24hs com câmeras e
áudios, sendo incitados a proporcionar audiência, sem preocupação nenhuma, pois
sabemos que sua audiência é voluntária e participativa.
Para
melhor entendimento desta reflexão, é necessário considerar uma estatística
interessante: segundo o censo de 2010, 86% do nosso país são cristãos, sendo
64% católicos e 22% protestantes, ou seja, este é um assunto pertinente ao povo
de Deus que tem alimentado uma audiência crescente que proporciona, agora em 2016,
a 16ª edição. Se não tivesse audiência, não teria tantas edições.
Mas
o que a Palavra de Deus pode nos dizer a respeito destas práticas: O salmo
101.3 diz para não colocar coisas más diante dos nossos olhos e odiar a obra
daqueles que se desviam; o evangelista João disse que o homem amou mais as
trevas do que a luz, e por ser estas obras más, gera condenação (Jo 3.19); Paulo
pede para aprender a discernir o que é agradável ao Senhor, não associando às
obras infrutíferas da trevas, mas condenando-as (Ef 5.10,11), estes são alguns
entre muitos outros textos.
Este programa tem o que é de pior para uma sociedade e em especial, para aqueles que se dizem povo de Deus. Este programa provoca de forma direta, a sensualidade, sexualidade, bebedice, pornografia, divisão entre os participantes, intriga, imoralidade, palavras torpes, uma forte motivação à um prêmio milionário, provocando com isto, conquista-lo a qualquer preço, mesmo enganando e fazendo “complôs”. Desta forma, os produtores deste realyte show, induz sua audiência a um comportamento totalmente anti-cristão, gerando costumes e práticas que Deus trata como pecado, em uma prática comum e agradável.
Em
Pv 15.3 diz que “os olhos do Senhor estão em todos os lugares, contemplando os
maus e os bons”. No reino de Deus não há câmeras em cada compartimento das nossas vidas, e sim
os olhos do Senhor, em seus atributos de poder, lugar e ciência, contemplando todas as coisas; não tem como escapar, não há corte de imagem, não
tem ponto cego, nada escapa dos olhos do criador. Não escrevo isto para que
tenhamos medo, e sim para que nossas vidas sejam agradáveis aos olhos do nosso
Criador, Salvador e Senhor Jesus Cristo.
Amados
irmãos, quero concluir este comentário dizendo que fomos chamados para sermos
santos e fiéis, para uma vida que agrada a Deus. Não sejam participantes destes
e de programas semelhantes, tem muitas coisas boas que podem ser feitas e substituir
este tipo de programação de nossas vidas, o Big Brother é apenas um exemplo.
Substitua-os pela leitura da Palavra de Deus, por uma boa
literatura, um momento de comunhão com a família, brincar com os filhos,
assistir a um bom filme, entre outras coisas.
Este
não é um discurso de um fundamentalista cristão, nem de um religioso puritano,
mas um convite a uma vida com mais qualidade e sem dúvidas, um convite a uma
vida que agrade àquele que deu Sua vida por nós. Quanto a resposta à pergunta,
“Pode um cristão assistir a este programa, ou a outros com teor semelhante”? A resposta está
em suas mãos, em suas decisões. Que o Senhor tenha misericórdia de nós.
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PODE UM CRISTÃO ASSITIR BIG BROTHER?
Reviewed by Kleber Siqueira
on
segunda-feira, janeiro 18, 2016
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